Insetos

Todos os insetos podem voar?
Não. Entre as formigas, por exemplo, somente os reprodutores, ou seja, a rainha e os machos, possuem asas e apenas em uma fase de suas vidas. O corpo dos insetos está dividido em três partes: cabeça, tórax e abdome. Na cabeça encontram-se a boca, os olhos e as antenas. No tórax há três pares de pernas que, conforme o tipo de inseto, estão adaptadas para andar, saltar, nadar ou cavar. A maioria dispõe também de dois pares de asas. Em alguns casos, como no dos escaravelhos, o primeiro par se converte numa caixa de proteção do segundo par, que se abre quando o inseto dispõe-se a voar. O abdome (a parte final do corpo) é constituído por 11 segmentos sem pernas. Os insetos, como todos os artrópodes, apresentam um exoesqueleto (esqueleto externo, duro, rígido e impermeável), que os protege das agressões externas e da desidratação.

Os órgãos sensoriais


Os insetos possuem órgãos sensoriais muito desenvolvidos, que permitem uma grande interação com o meio ambiente e um comportamento social muito característico. Sua cabeça pode apresentar olhos simples (detectam a luz, mas não formam imagens) ou compostos (constituídos por milhares de pequenos omatídeos que compõem uma imagem cada uma, conferindo grande precisão visual).
 
Nas borboletas, os apêndices bucais são muito modificados e formam a espirotromba, utilizada para sugar o néctar das flores. Quando desenrolada, esta estrutura fica muito longa, permitindo às borboletas se alimentarem.
 
As antenas dos insetos possuem órgãos sensoriais com os quais podem detectar os feromônios a grandes distâncias.
 
A alimentação

Alguns insetos são herbívoros, enquanto outros se alimentam de substâncias insólitas como tabaco, pele, madeira, excrementos ou cadáveres. Seu aparelho bucal está adaptado ao tipo de alimento que ingerem — triturador para sólidos, sugador para líquidos, entre outros. Alguns insetos possuem um aparelho perfurador que lhes permite extrair a seiva das plantas ou atravessar a pele de certos animais para sugar-lhes o sangue.
 
 
A reprodução
 
Os insetos têm reprodução sexuada. Geralmente, os sexos estão separados em indivíduos machos e fêmeas, que podem ser distinguidos à primeira vista, tanto por suas dimensões quanto pela variação de seus órgãos. De seus ovos saem larvas que se metamorfoseiam e se convertem em adultos.





A organização social

Alguns insetos possuem a capacidade de formar sociedades. Não podem viver isolados, visto que estabelecem estreitos laços de união com seus companheiros. Essas relações estão baseadas em sistemas de comunicação únicos, que permitem manter sua estrutura social.
 
No Lucanus cervus (cervo-voador ou cabra-loura), o dimorfismo sexual é muito evidente. Além da diferença de tamanhos, o macho é dotado de enormes mandíbulas, enquanto na fêmea estas são apenas perceptíveis.
 
Os insetos sociais costumam agrupar-se em colônias, onde o trabalho é muito bem distribuído: alguns indivíduos ocupam-se das larvas, outros procuram alimento e outros cuidam da defesa da colônia. Nessas sociedades, somente poucas fêmeas estão aptas à reprodução, que geralmente são as denominadas 'rainhas'. Para que possam pôr muitos ovos, são alimentadas e cuidadas de maneira muito especial.
 

Os insetos são animais capazes de viver em ambientes muito diversos. Por esta razão, encontram-se distribuídos por todo o planeta, desde as regiões árticas até as equatoriais. É o grupo mais numeroso da Terra: já se descobriu cerca de 1 milhão de espécies, que se acredita ser uma pequena parte do número de insetos existentes: entre 5 e 10 milhões.
 
 
As moscas e os mosquitos

Este é um dos grupos de insetos mais comuns em todas as zonas da Terra. Possuem um par de asas membranosas e um aparelho bucal provido de um órgão perfurador ou de um órgão lambedor, dependendo do hábito alimentar do inseto. Nos mosquitos, o órgão perfurador serve para absorver o sangue dos animais ou a seiva das plantas. As moscas utilizam o órgão lambedor para sugar seu alimento, que quando sólido é liquefeito pela sua saliva. Eles são encontrados perto de água parada, charcos ou canais de irrigação. O mosquito Culex pipiens se reproduz rapidamente em climas quentes, o que faz com que sejam abundantes e nocivos durante a época do verão. No Brasil, os mosquitos Aedes aegypti (dengue), Anopheles (malária), o percevejo Triatoma (doença de Chagas) e o Phlebotomus (leishmaniose) são vetores de doenças.
 
Os gafanhotos

Locusta migratoria
Possuem um par de pernas posteriores muito desenvolvidas e adaptadas ao salto. Também dispõem de antenas que, algumas vezes, são mais compridas que seu corpo. Em geral, sua cor é verde ou marrom. Seu aparelho bucal mastigador tem mandíbulas robustas para comer folhas e talos de plantas. Apesar de serem mais frequentes em regiões tropicais, podem ser encontrados no mundo todo. Costumam viver em pradarias, bosques e terras de cultivo. Quando as condições climáticas são favoráveis, o gafanhoto-migrador (Locusta migratoria) se reproduz rapidamente. Desta forma, nascem milhares de exemplares que arrasam as plantações de cereais, tornando-se uma praga de importância comercial.
 
Os percevejos

Os percevejos medem por volta de um centímetro. Seu primeiro par de asas tem a parte apical membranosa e a parte da base endurecida. O segundo par é membranoso e existem alguns grupos que não possuem asas. Possuem aparelho bucal picador e sugador. Alguns são predadores de pequenos organismos, enquanto outros se alimentam de plantas. Existem grupos terrestres e outros de vida aquática. De forma geral, são mais abundantes em zonas quentes. O Pyrrhocoris apterus é um percevejo muito abundante e característico por suas cores preta e vermelha. Vive nos gramados, bosques e matagais e alimenta-se da seiva das plantas.
 
 
Os escaravelhos (besouros de grande porte)

Os escaravelhos são o grupo mais numeroso de insetos. São facilmente reconhecidos pelo aspecto duro de seu primeiro par de asas, chamadas élitros, que formam um estojo rígido (casulo) que protege seu corpo. Debaixo deste estojo esconde-se um segundo par de asas membranosas. A alimentação dos escaravelhos é bastante variada: madeira, animais em decomposição, caracóis, folhas e raízes. Em geral, são terrestres, mas alguns grupos adaptaram-se à vida aquática. O escaravelho-peloteiro (Scarabeus sacer) nutre-se de excrementos. Para alimentar suas larvas, este inseto forma bolas de esterco as quais arrasta pacientemente até seu ninho.
 
As abelhas, as vespas e as formigas

Uma das características comuns a estes insetos é a de formar sociedades. As abelhas e as vespas têm dois pares de asas membranosas e um ferrão no extremo do abdome. Este apêndice contém uma substância venenosa utilizada para a defesa contra predadores e, em alguns casos, para a captura de presas. Estes insetos alimentam-se de plantas, frutas maduras e carne. As abelhas, como a Apis mellifera, elaboram o mel, um produto formado pelo néctar de flores misturado às substâncias que secretam. Já entre as formigas, somente a rainha ou reprodutora possui asas, usadas apenas na época de reprodução. No resto do tempo elas vivem em ninhos subterrâneos nos quais se refugiam.
 
As borboletas

As borboletas caracterizam-se por terem quatro asas membranosas cobertas por escamas, que apresentam formas e cores bastante variadas. Durante a fase de lagarta, elas alimentam-se vorazmente e criam reservas alimentícias. As adultas vivem dessas reservas, e complementam sua dieta absorvendo o néctar das flores e os sucos das frutas. Dispõem de um órgão especial, a espirotromba, que em repouso permanece enrolada formando uma espiral e que se estende quando as borboletas querem sugar o néctar. A Graellsia isabellae é uma das borboletas mais bonitas do mundo. Tal fato a tornou uma das peças mais cobiçadas pelos colecionadores e fez diminuir seu número de tal forma que praticamente desapareceu de algumas regiões da Europa.
 
 
As libélulas

Cordulegaster boltonii
O conjunto de insetos alados conhecido mais antigo. Medem aproximadamente oito centímetros de uma asa à outra. De sua cabeça, mais larga que o resto do corpo, sobressaem os grandes olhos compostos. Seu tórax apresenta dois pares de asas membranosas e transparentes, que são rígidas e não podem ser dobradas. As libélulas alimentam-se de mosquitos, mutucas ou borboletas e, para triturá-los, dispõem de um aparelho bucal mastigador. Vivem perto de água, visto que as fêmeas põem seus ovos nela. Algumas libélulas têm cores bonitas, como a Cordulegaster boltonii.
 

 
 

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