Os pre-socráticos formaram a primeira corrente de pensamento. Eles compreendem filósofos que viveram antes de Sócrates, os quais se preocupavam com a natureza e origem das coisas - a phisis, ao cosmo: como surgiu o universo, quais foram os componentes, qual a essência da realidade. Buscavam explicar tudo por meio da razão e do conhecimento científico. A filosofia, nasce contra a mitologia, num esforço de encontrar o conhecimento verdadeiro a respeito dos fenômenos naturais e humanos.
Os Mitos foram narrativas sobre a origem do homem, das coisas da natureza e do mundo, são narrativas que procuravam explicar muitas vezes de forma fantasiosa, uma realidade misteriosa para o homem. Dessa forma, a necessidade da filosofia e desmistificação desses mistérios a partir de um viés cientifico.
Nesse contexto, os Primeiros esforços filosóficos do homem foi feito pelos gregos e começou sendo um esforço para discernir entre aquilo que tem uma existência meramente aparente e aquilo que tem uma existência real, uma existência em si, uma existência primordial, irredutível a outra.
Os gregos foram os
inventores disso que se chama filosofia. Por quê? Porque foram os inventores —
no sentido de "descobrir" da palavra — os descobridores da razão, os
que pretenderam que com a razão, com o pensamento racional, se pode encontrar o
que as coisas são, se pode averiguar o último fundo das coisas. Então começaram
a fazer uso de intuições intelectuais e intuições racionais, metodicamente.
Antes deles
fazia-se uma coisa parecida; porém, com toda classe de vislumbres, de crenças,
de elementos irracionais utilizando como base a mitologia. Feito este
parêntese, diremos que os primeiros filósofos gregos que se propuseram o
problema de "quem existe?", de "qual ó o ser em si", quando
o propõem para si, é porque já superaram o estado do realismo primitivo que
enunciávamos dizendo: todas as coisas existem, e eu entre elas. O primeiro
momento filosófico, o primeiro esforço da reflexão consiste em discernir entre
as coisas que existem em si e as coisas que existem em outra, naquela primária
e primeira.
Estes filósofos
gregos procuram qual é ou quais são as coisas que têm uma existência em si.
Eles chamavam a isto o "princípio", nos dois sentidos da palavra:
como começo e como fundamento de todas as coisas. O mais antigo filósofo grego
de que se tem notícia um pouco exata chamava-se Tales e era da cidade de Mileto. Este homem
buscou entre as coisas qual seria o princípio de todas as demais, qual seria a
coisa à qual conferiria a dignidade de ser, de princípio, de ser em si, a
existência em si, da qual todas as demais são simples derivadas; e ele
determinou que esta coisa era a água. Para Tales de Mileto a água é o princípio de todas as
coisas. De modo que todas as demais coisas têm um ser derivado, secundário.
Consistem em água. Mas a água, ela, que é? Como ele diz: o princípio de tudo o
mais não consiste em nada; existe, com uma existência primordial, como
princípio essencial, fundamental, primário.
Outros filósofos
dessa mesma época — o século VII antes de Jesus Cristo — tomaram atitudes mais
ou menos parecidas com a de Tales de Mileto. Por exemplo, Anaximandro também
acreditou que o princípio de todas as coisas era algo material; porém, já teve
uma ideia um pouco mais complicada que Tales; e determinou que este algo
material, princípio de todas as demais coisas, não era nenhuma coisa
determinada, mas uma espécie de proto coisa, que era o que ele chamava em grego apeiron. indefinido, uma coisa indefinida que
não era nem água, nem cerra, nem fogo, nem ar, nem pedra, mas antes tinha em
si, por assim dizer, em potência, a possibilidade de que dela, desse apeiron,
desse infinito ou indefinido, se derivassem as demais coisas. Para Anaximandro o apeiron era o princípio de todas as coisas.
Outro filósofo que
se chamou Anaxímenes foi também um desses filósofos primitivos que buscaram uma
coisa material como origem de todas as demais, como origem dos demais
princípios, como única existente em si e por si, da qual eram derivadas as
demais. Anaxímenes para isso tomou o
ar.
É possível que
haja havido mais tentativas de antiquíssimos filósofos gregos que procuraram
alguma coisa material; mas estas tentativas foram rapidamente superadas.
Pitágoras
Pitágoras foi um
homem de gênio, porque é o primeiro filósofo grego a quem ocorre a ideia de que
o princípio donde tudo o mais se deriva, aquilo que existe de verdade, o
verdadeiro ser, o ser em si, não -é nenhuma coisa; ou, melhor dito, é uma
coisa; porém, que não se vê, nem se ouve, nem se toca, nem se cheira, que não é
acessível aos sentidos. Essa coisa é "número". Para Pitágoras a
essência última de todo ser, dos que percebemos pelos sentidos, é o número. As
coisas são números, escondem dentro de si números. As coisas são distintas umas
de outras pela diferença quantitativa e numérica.
Heráclito (540-480 a. C.)
"Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos."
Principais ideias
- A doutrina do fluxo – A unidade (arché) do mundo consiste em uma eterna mudança
- A teoria dos opostos – O mundo é um equilíbrio de tendências opostas que, apesar de apontarem para direções contrárias, são, na verdade, idênticas.
- A doutrina da ordem subjacente ao mundo – Por detrás da ordem aparente há uma harmonia oculta. O “logos” rege essa harmonia superior.
- A supremacia do elemento fogo – Heráclito privilegia o fogo, adotando esse elemento como símbolo para sua filosofia: pelo fogo tudo se transforma.
Legado de Heráclito
• As idéias de Heráclito podem ser
encontradas, por exemplo, na ciência enquanto busca da ordem verdadeira do
mundo.
• O conceito de “expansão do Universo”
também tem conexões com a doutrina do fluxo – criação do nosso “obscuro”
filósofo.
Parmênides (século V a.C.)
"O que é, é - e não pode deixar de ser"
"Tudo é uno e não se transforma."
Principais ideias
• O conhecimento se dá por dois caminhos, o da
certeza e o da ilusão – O caminho da certeza está
fundamentado no Princípio da Identidade: A=A. Para Parmênides “o ser é” e “o não ser não é”. O caminho da ilusão deriva do fato de
querermos pensar o mundo a partir do movimento. Porém, por esse caminho,
os seres humanos chegam apenas a um conhecimento falso e contraditório.
• Ser e pensar são a mesma coisa – Parmênides
identifica a estrutura do mundo com a estrutura do pensamento.
• A realidade é estável – O cosmo não teve
início, nem terá fim. O ser é imutável, incorruptível e tem na esfera sua
imagem ideal.
- Opinião é designada, em grego, pela palavra doxa, e Parmênides a considerava algo desprezível e sobretudo preocupante. Ao escolher o caminho da Doxa (opinião) o homem se tornaria refém das opiniões, tendo seu pensamento impedido de chegar a verdade.
Segundo Parmênides, aquilo que corresponde ao Ser, simplesmente não poderia se transformar ou deixar de ser. Nesse contexto, seu pensamento mostra-se uma antítese a teses de Heráclito que afirma o o ser se transforma. Portanto, para Parmênides o ser é imóvel, indestrutível, pleno, indivisível - UNO.
Legado de Parmênides
• Parmênides direcionou a Lógica com a formulação do princípio da
identidade. A metafísica (estudo da essência do ser) e a religião também trazem
“marcas” do pensamento parmenídico. Parmênides também influenciou Sócrates, que
por sua vez, foi o mestre de Platão – um dos pensadores mais importante da
tradição intelectual do Ocidente.
Concluímos aqui o inicio do nosso curso de filosofia, caso haja alguma dúvida é só deixa-lá nos comentários que em breve um membro da nossa equipe irá respondê-lo.
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